Infertilidade Masculina: Diagnóstico e Tratamento pelo SUS - Guia Completo 2025

A infertilidade masculina afeta milhares de homens brasileiros e representa cerca de 30% dos casos de dificuldade para engravidar. Muitos casais enfrentam esse desafio em silêncio, sem saber que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico e tratamento para essa condição.

Neste artigo, você vai descobrir como identificar os sinais de infertilidade masculina, quais exames estão disponíveis gratuitamente e como acessar os tratamentos oferecidos pelo SUS. Vamos explicar também o passo a passo para conseguir consulta com especialistas e quais são os centros de referência no Brasil.

Se você e sua parceira estão tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, continue a leitura e saiba como buscar ajuda médica especializada sem gastar nada!

O que é Infertilidade Masculina?

A infertilidade masculina é definida como a incapacidade de um homem fecundar sua parceira após um ano de tentativas com relações sexuais regulares e sem uso de métodos contraceptivos. É importante diferenciar infertilidade de esterilidade: enquanto a infertilidade pode ser temporária e tratável, a esterilidade é permanente.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a infertilidade afeta cerca de 15% dos casais em idade reprodutiva no mundo. No Brasil, estima-se que mais de 8 milhões de pessoas enfrentem algum problema de infertilidade, sendo que em 30% dos casos a causa é exclusivamente masculina, em 30% exclusivamente feminina, em 30% de ambos e em 10% não se identifica a causa.

A infertilidade masculina pode ter impacto significativo na vida do casal, causando estresse emocional, ansiedade e até mesmo depressão. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para aumentar as chances de concepção.

Principais Causas da Infertilidade Masculina

Diversos fatores podem levar à infertilidade masculina. Conhecer essas causas é o primeiro passo para buscar o tratamento adequado. Entre as principais causas estão:

Varicocele

A varicocele é a dilatação anormal das veias que drenam o sangue dos testículos. É a causa mais comum de infertilidade masculina, presente em cerca de 40% dos homens com problemas de fertilidade. A varicocele pode aumentar a temperatura testicular e prejudicar a produção de espermatozoides.

Problemas Hormonais

Alterações nos níveis de hormônios como testosterona, FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante) podem afetar a produção de espermatozoides. Condições como hipogonadismo, hipotireoidismo e hiperprolactinemia estão entre as causas hormonais de infertilidade.

Infecções no Trato Reprodutivo

Infecções como orquite (inflamação dos testículos), epididimite (inflamação do epidídimo) e prostatite (inflamação da próstata) podem prejudicar a produção e o transporte dos espermatozoides. Algumas infecções sexualmente transmissíveis também podem causar infertilidade se não tratadas adequadamente.

Obstruções nos Ductos

Bloqueios nos ductos que transportam os espermatozoides podem impedir que eles cheguem ao sêmen. Essas obstruções podem ser congênitas ou adquiridas, como resultado de infecções, cirurgias ou traumas.

Problemas Genéticos

Alterações genéticas como a Síndrome de Klinefelter, microdeleções do cromossomo Y e fibrose cística podem afetar a produção ou a qualidade dos espermatozoides. Esses problemas geralmente são identificados através de exames genéticos específicos.

Fatores Ambientais e Estilo de Vida

Exposição a toxinas ambientais, calor excessivo nos testículos, tabagismo, consumo excessivo de álcool, uso de drogas ilícitas, obesidade e sedentarismo são fatores que podem contribuir para a infertilidade masculina.

Medicamentos

Alguns medicamentos podem afetar a fertilidade masculina, como certos antibióticos, anti-hipertensivos, antidepressivos, quimioterápicos e esteroides anabolizantes. É importante informar ao médico todos os medicamentos em uso durante a investigação da infertilidade.

Causas Idiopáticas

Em aproximadamente 25% dos casos de infertilidade masculina, não é possível identificar uma causa específica, o que é chamado de infertilidade idiopática. Mesmo nesses casos, existem opções de tratamento que podem ajudar o casal a conseguir uma gravidez.

Sinais e Sintomas

Na maioria dos casos, a infertilidade masculina não apresenta sinais ou sintomas específicos além da incapacidade de engravidar a parceira. No entanto, alguns homens podem apresentar sinais que indicam problemas que afetam a fertilidade:

• Problemas sexuais, como dificuldade para manter ereção, ejaculação precoce ou retrógrada (quando o sêmen vai para a bexiga em vez de sair pelo pênis)

• Dor, inchaço ou nódulos na região testicular

• Diminuição de pelos faciais ou corporais, indicando possíveis problemas hormonais

• Histórico de doenças como caxumba após a puberdade, que pode afetar os testículos

• Histórico de cirurgias na região pélvica ou genital

É importante ressaltar que a ausência desses sinais não descarta a possibilidade de infertilidade. Por isso, casais que estão tentando engravidar sem sucesso há mais de um ano (ou seis meses, se a mulher tiver mais de 35 anos) devem buscar avaliação médica.

Diagnóstico da Infertilidade Masculina pelo SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma série de exames e procedimentos para diagnosticar a infertilidade masculina. O processo geralmente começa na Unidade Básica de Saúde (UBS) e pode seguir para serviços especializados, dependendo da necessidade.

Consulta Inicial na UBS

O primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência. Na consulta com o clínico geral ou médico de família, será realizada uma avaliação inicial que inclui:

• Histórico médico completo

• Histórico reprodutivo do casal

• Avaliação de fatores de risco

• Exame físico geral

Após essa avaliação inicial, o médico poderá solicitar exames básicos ou encaminhar o paciente diretamente para um urologista, especialista que trata das questões relacionadas à saúde masculina.

Encaminhamento para Urologista

O urologista realizará uma avaliação mais detalhada, incluindo exame físico específico da região genital para verificar o tamanho e a consistência dos testículos, presença de varicocele, alterações no epidídimo e nos ductos deferentes.

Após essa avaliação, o especialista solicitará exames complementares para investigar as possíveis causas da infertilidade. Todos esses exames estão disponíveis pelo SUS, embora o tempo de espera possa variar conforme a região do país.

Exames Disponíveis pelo SUS

Espermograma

O espermograma é o exame mais importante na investigação da infertilidade masculina. Ele analisa diversas características do sêmen, como:

• Volume: quantidade de sêmen ejaculado

• Concentração: número de espermatozoides por mililitro

• Motilidade: capacidade de movimento dos espermatozoides

• Morfologia: formato e estrutura dos espermatozoides

• pH: acidez ou alcalinidade do sêmen

• Presença de células inflamatórias ou outros elementos anormais

Para realizar o espermograma, o homem deve seguir algumas orientações, como abstinência sexual de 2 a 5 dias antes do exame e coleta do material em local apropriado. O SUS disponibiliza esse exame em laboratórios próprios ou conveniados.

Exames Hormonais

Análises de sangue para verificar os níveis de hormônios relacionados à fertilidade masculina, como:

• Testosterona total e livre

• FSH (hormônio folículo-estimulante)

• LH (hormônio luteinizante)

• Prolactina

• TSH e T4 livre (hormônios da tireoide)

Esses exames ajudam a identificar se há algum desequilíbrio hormonal que possa estar afetando a produção de espermatozoides.

Ultrassonografia

A ultrassonografia escrotal é fundamental para avaliar a estrutura dos testículos, epidídimos e identificar a presença de varicocele. Em alguns casos, também pode ser solicitada uma ultrassonografia transretal para avaliar a próstata e as vesículas seminais.

Exames Genéticos

Em casos específicos, principalmente quando há ausência total de espermatozoides (azoospermia) ou concentração muito baixa, podem ser solicitados exames genéticos como:

• Cariótipo: análise dos cromossomos

• Pesquisa de microdeleções do cromossomo Y

• Teste para fibrose cística

Esses exames mais complexos geralmente são realizados em centros especializados e podem ter um tempo de espera maior no SUS.

Biópsia Testicular

Em casos selecionados, principalmente quando há azoospermia, pode ser necessária a realização de biópsia testicular para verificar se há produção de espermatozoides nos testículos. Este procedimento também está disponível pelo SUS em centros especializados.

Tratamentos Disponíveis pelo SUS

Após o diagnóstico, o urologista definirá o tratamento mais adequado para cada caso. O SUS oferece diversas opções terapêuticas, desde tratamentos medicamentosos até procedimentos cirúrgicos e técnicas de reprodução assistida.

Tratamento Medicamentoso

Dependendo da causa da infertilidade, podem ser prescritos medicamentos como:

• Antibióticos: para tratar infecções no trato reprodutivo

• Medicamentos hormonais: para corrigir desequilíbrios hormonais

• Antioxidantes: para melhorar a qualidade do sêmen em alguns casos

Esses medicamentos são fornecidos gratuitamente pelo SUS, através da farmácia básica ou do programa de medicamentos especializados, dependendo do tipo de medicamento.

Tratamento Cirúrgico

Procedimentos cirúrgicos podem ser necessários em casos específicos:

Cirurgia de Varicocele

A varicocelectomia é a cirurgia para correção da varicocele, realizada quando esta condição está afetando a qualidade do sêmen. O procedimento pode ser feito por diferentes técnicas, todas disponíveis pelo SUS:

• Cirurgia aberta: com pequena incisão na região inguinal

• Cirurgia laparoscópica: menos invasiva, com pequenos orifícios no abdômen

• Microcirurgia: técnica mais precisa, realizada com auxílio de microscópio

A recuperação geralmente é rápida, e os resultados na melhora da qualidade do sêmen podem ser observados após 3 a 6 meses da cirurgia.

Reversão de Vasectomia

Homens que realizaram vasectomia e desejam restaurar sua fertilidade podem se submeter à cirurgia de reversão (vasovasostomia). Este procedimento é oferecido pelo SUS em centros especializados, embora não esteja disponível em todas as regiões do país.

A taxa de sucesso da reversão de vasectomia varia conforme o tempo decorrido desde a vasectomia original, sendo maior quando realizada nos primeiros anos após o procedimento.

Correção de Obstruções

Cirurgias para desobstrução dos ductos que transportam os espermatozoides também são realizadas pelo SUS em casos específicos. Essas cirurgias são mais complexas e geralmente realizadas em centros de referência.

Técnicas de Reprodução Assistida

Quando os tratamentos convencionais não são suficientes, o SUS também oferece técnicas de reprodução assistida em centros especializados:

Inseminação Intrauterina (IIU)

Nesta técnica, o sêmen é processado em laboratório para selecionar os melhores espermatozoides, que são então introduzidos diretamente no útero da mulher durante seu período fértil. É indicada para casos de infertilidade leve a moderada.

Fertilização In Vitro (FIV)

Na FIV, óvulos e espermatozoides são coletados e unidos em laboratório. Os embriões formados são transferidos para o útero da mulher. Esta técnica é indicada para casos mais complexos de infertilidade.

Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI)

Variação da FIV em que um único espermatozoide é injetado diretamente no óvulo. É especialmente indicada para casos graves de infertilidade masculina, como quando há poucos espermatozoides viáveis.

É importante ressaltar que o acesso às técnicas de reprodução assistida pelo SUS segue critérios específicos e pode haver filas de espera, dependendo da região do país.

Passo a Passo para Conseguir Tratamento pelo SUS

Para acessar os serviços de diagnóstico e tratamento de infertilidade masculina pelo SUS, siga estes passos:

1. Procure a Unidade Básica de Saúde (UBS)

Dirija-se à UBS mais próxima da sua residência, levando seus documentos pessoais (RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência). Solicite uma consulta com o clínico geral ou médico de família.

2. Consulta Inicial

Na consulta, explique ao médico que você e sua parceira estão tentando engravidar sem sucesso. O médico fará uma avaliação inicial e poderá solicitar alguns exames básicos ou encaminhá-lo diretamente para um urologista.

3. Encaminhamento para o Especialista

Com o encaminhamento em mãos, dirija-se à central de regulação do SUS da sua cidade ou região para agendar a consulta com o urologista. Em algumas localidades, esse agendamento pode ser feito diretamente na UBS.

4. Consulta com o Urologista

O urologista realizará uma avaliação mais detalhada e solicitará os exames necessários para investigar a causa da infertilidade. Siga todas as orientações para a realização correta dos exames.

5. Realização dos Exames

Com as solicitações de exames, procure os laboratórios e centros de diagnóstico do SUS para agendá-los. Alguns exames mais simples podem ser realizados em laboratórios conveniados, enquanto outros mais complexos podem exigir deslocamento para centros especializados.

6. Retorno ao Especialista

Após realizar todos os exames, retorne ao urologista com os resultados. Com base neles, o médico definirá o tratamento mais adequado para o seu caso.

7. Início do Tratamento

Dependendo do diagnóstico, o tratamento pode incluir medicamentos, cirurgia ou encaminhamento para serviços de reprodução assistida. Siga rigorosamente as orientações médicas e mantenha as consultas de acompanhamento.

8. Encaminhamento para Centros de Reprodução Assistida (se necessário)

Se for indicada alguma técnica de reprodução assistida, o urologista fará o encaminhamento para um dos centros especializados do SUS. Esses centros geralmente têm critérios específicos de admissão e podem ter filas de espera.

Centros de Referência no Brasil

O SUS conta com diversos centros especializados em reprodução humana que oferecem tratamento para infertilidade masculina. Entre os principais estão:

• Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (São Paulo/SP)

• Hospital das Clínicas da UFMG (Belo Horizonte/MG)

• Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Salvador/BA)

• Hospital Universitário da UFJF (Juiz de Fora/MG)

• Hospital de Clínicas de Porto Alegre (Porto Alegre/RS)

• Hospital Universitário de Brasília (Brasília/DF)

• Instituto Materno Infantil de Pernambuco (Recife/PE)

• Hospital Universitário Pedro Ernesto (Rio de Janeiro/RJ)

• Hospital Universitário da UFSC (Florianópolis/SC)

Esses centros oferecem desde a investigação diagnóstica até tratamentos avançados, incluindo técnicas de reprodução assistida. O encaminhamento para esses serviços deve ser feito pelo urologista ou ginecologista que acompanha o casal.

Critérios para Acesso às Técnicas de Reprodução Assistida pelo SUS

Para ter acesso às técnicas de reprodução assistida pelo SUS, é necessário atender a alguns critérios, que podem variar conforme o centro de referência, mas geralmente incluem:

• Idade da mulher: geralmente até 38 anos, podendo variar conforme o serviço

• Tempo de infertilidade: mínimo de um ano de tentativas sem sucesso

• Investigação completa das causas da infertilidade

• Ausência de outras condições que contraindiquem a gestação

• Residir na área de abrangência do serviço de saúde

É importante ressaltar que a demanda por esses serviços é alta, e pode haver tempo de espera considerável. Alguns centros trabalham com sistema de fila única, enquanto outros podem priorizar casos conforme critérios clínicos.

Direitos do Paciente

Todo cidadão brasileiro tem direito ao diagnóstico e tratamento da infertilidade pelo SUS, conforme estabelecido pela Constituição Federal e pela Lei Orgânica da Saúde. Alguns direitos específicos incluem:

• Direito à informação sobre sua condição de saúde e opções de tratamento

• Direito ao acesso a exames diagnósticos e tratamentos disponíveis no SUS

• Direito à privacidade e confidencialidade das informações médicas

• Direito a acompanhamento por equipe multidisciplinar

Em Caso de Negativa de Atendimento

Se você enfrentar dificuldades para acessar os serviços de diagnóstico ou tratamento para infertilidade pelo SUS, pode recorrer a:

• Ouvidoria do SUS: pelo telefone 136 ou pelo site do Ministério da Saúde

• Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde

• Defensoria Pública: para assistência jurídica gratuita

• Ministério Público: em casos de violação do direito à saúde

É importante documentar todas as tentativas de acesso ao serviço, guardando cópias de encaminhamentos, solicitações de exames e outros documentos relevantes.

Histórias Reais: Experiências com Tratamento pelo SUS

Carlos, 35 anos, de São Paulo, compartilha sua experiência: "Depois de dois anos tentando ter um filho, descobrimos que eu tinha varicocele. Fui encaminhado para o Hospital das Clínicas e fiz a cirurgia pelo SUS. Seis meses depois, minha esposa engravidou naturalmente. Todo o processo, desde a primeira consulta até a cirurgia, levou cerca de oito meses, mas valeu a pena."

Roberto, 42 anos, do Rio de Janeiro, conta: "Fiz vasectomia aos 30 anos, mas depois de me casar novamente, quis ter mais filhos. Consegui fazer a reversão pelo SUS no Hospital Universitário. O tempo de espera foi de quase um ano, mas a cirurgia foi um sucesso. Hoje tenho uma filha de 3 anos."

João, 38 anos, de Belo Horizonte, relata: "Descobrimos que eu tinha azoospermia, ou seja, ausência total de espermatozoides no sêmen. Fomos encaminhados para o serviço de reprodução assistida do HC-UFMG. Fizemos ICSI com espermatozoides retirados diretamente do testículo. Hoje temos gêmeos de 2 anos. Todo o processo levou cerca de dois anos, mas o SUS cobriu todos os custos."

Prevenção da Infertilidade Masculina

Embora nem todos os casos de infertilidade possam ser prevenidos, algumas medidas podem ajudar a preservar a fertilidade masculina:

• Evite o uso de tabaco, álcool e drogas ilícitas

• Mantenha peso saudável e pratique atividade física regularmente

• Evite exposição excessiva dos testículos ao calor (saunas, banheiras quentes, laptops no colo)

• Use proteção contra infecções sexualmente transmissíveis

• Evite exposição a toxinas ambientais e ocupacionais

• Gerencie o estresse, que pode afetar os níveis hormonais

• Consulte um médico antes de usar esteroides anabolizantes ou suplementos para ganho muscular

É recomendável que homens com histórico familiar de problemas de fertilidade ou que tenham passado por doenças ou cirurgias que possam afetar a fertilidade busquem orientação médica preventiva.

Perguntas Frequentes

O SUS oferece todos os tipos de tratamento para infertilidade masculina?

O SUS oferece desde tratamentos básicos, como medicamentos e cirurgias, até técnicas avançadas de reprodução assistida. No entanto, a disponibilidade de tratamentos mais complexos pode variar conforme a região do país e os centros de referência existentes.

Quanto tempo leva para conseguir uma consulta com urologista pelo SUS?

O tempo de espera para consulta com urologista pelo SUS varia conforme a região e a demanda local. Em grandes centros urbanos, pode levar de 1 a 6 meses. Em casos mais urgentes, como suspeita de câncer, o atendimento pode ser priorizado.

Quais são os critérios para ter acesso à reprodução assistida pelo SUS?

Os critérios incluem geralmente idade da mulher (até 38 anos, em média), tempo de infertilidade (mínimo de um ano), investigação completa das causas e ausência de condições que contraindiquem a gestação. Cada centro pode ter critérios específicos adicionais.

Existe limite de idade para tratamento de infertilidade pelo SUS?

Para o homem, geralmente não há limite de idade estabelecido. Para a mulher, a maioria dos centros estabelece limite de 38 a 40 anos para técnicas de reprodução assistida, devido à diminuição das chances de sucesso com o avanço da idade.

O que fazer se não houver serviço especializado na minha cidade?

Se não houver serviço especializado em sua cidade, você tem direito ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que garante transporte e, quando necessário, hospedagem para tratamento em outra localidade. Solicite informações sobre o TFD na secretaria de saúde do seu município.

Quanto tempo dura o tratamento para infertilidade masculina?

A duração do tratamento varia conforme a causa e o tipo de intervenção necessária. Tratamentos medicamentosos podem levar de 3 a 6 meses para mostrar resultados. Após cirurgias como a de varicocele, a melhora na qualidade do sêmen geralmente é observada após 3 a 6 meses. Técnicas de reprodução assistida podem exigir múltiplas tentativas.

É possível preservar a fertilidade antes de tratamentos como quimioterapia?

Sim, o SUS oferece serviços de preservação de fertilidade para pacientes oncológicos em alguns centros especializados. O congelamento de sêmen (criopreservação) é o método mais utilizado para homens que vão se submeter a tratamentos que podem afetar a fertilidade.

Conclusão

A infertilidade masculina é uma condição que afeta milhares de homens brasileiros, mas que pode ser diagnosticada e tratada pelo Sistema Único de Saúde. O diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado são fundamentais para aumentar as chances de concepção.

O SUS oferece desde exames diagnósticos até tratamentos avançados, incluindo cirurgias e técnicas de reprodução assistida. Embora possa haver tempo de espera para alguns procedimentos, o sistema público de saúde representa uma oportunidade real para casais que enfrentam dificuldades para engravidar.

Se você e sua parceira estão tentando engravidar há mais de um ano sem sucesso, não hesite em buscar ajuda médica. O primeiro passo é procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima e solicitar encaminhamento para investigação especializada.

Lembre-se de que a infertilidade é uma condição médica como qualquer outra e não define sua masculinidade ou valor como pessoa. Com o tratamento adequado, muitos casais conseguem realizar o sonho de ter um filho.

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