Sarampo: Sintomas, Diagnóstico e Prevenção.
Neste post, vamos explorar em detalhes o sarampo, uma doença infecciosa grave que, apesar da disponibilidade de vacinas eficazes, continua sendo uma preocupação de saúde pública em diversas regiões do mundo. Abordaremos seus sintomas, diagnóstico, tratamento, prevenção e, principalmente, como o Sistema Único de Saúde (SUS) garante o acesso gratuito a esses serviços. O objetivo é fornecer informações completas e confiáveis para que você possa se proteger e proteger sua comunidade.
4/20/20255 min read


Sarampo: Um guia completo sobre a doença.
1. O que é o Sarampo?
Sarampo é uma doença altamente contagiosa causada por um vírus da família Paramyxoviridae, o morbilivírus. A transmissão ocorre principalmente através de gotículas respiratórias, produzidas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala. O vírus se espalha facilmente pelo ar, podendo permanecer ativo por até duas horas em superfícies contaminadas.
2. Sintomas do Sarampo:
A fase de incubação do sarampo, ou seja, o período entre a infecção e o aparecimento dos sintomas, varia de 7 a 14 dias. Os sintomas geralmente se desenvolvem em quatro estágios:
Estágio prodrômico (1-4 dias): Caracterizado por febre alta (geralmente acima de 38°C), tosse seca, coriza (congestão nasal) e conjuntivite (olhos vermelhos e lacrimejantes). Nesta fase, pode ocorrer mal-estar geral, dor de cabeça e fotofobia (sensibilidade à luz).
Estágio eruptivo (2-7 dias): O aparecimento de manchas de Koplik, pequenas manchas brancas na mucosa da boca (especialmente na região interna das bochechas), é um sinal característico, mas nem sempre presente. A febre persiste e, em seguida, surge a erupção cutânea (exantema), que começa na face e se espalha para o tronco, braços e pernas. As manchas são planas, avermelhadas e maculosas (como pequenas manchas), podendo evoluir para pápulas (pequenas elevações na pele).
Estágio de declínio (3-5 dias): A febre começa a diminuir, e a erupção cutânea começa a desbotar, começando pela face. A tosse pode persistir por mais tempo.
Fase de convalescença: O paciente se recupera gradativamente, mas a tosse pode persistir por semanas.
3. Complicações do Sarampo:
Embora muitas pessoas se recuperem do sarampo sem complicações, a doença pode ser grave, especialmente em crianças pequenas, idosos e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. As complicações podem incluir:
Pneumonia: Infecção pulmonar que pode ser causada pelo vírus do sarampo ou por bactérias secundárias.
Otite média: Infecção do ouvido médio.
Encefalite: Infecção do cérebro, que pode levar a danos neurológicos permanentes ou até mesmo à morte.
Diarreia: Desidratação, que pode ser grave em crianças pequenas.
Desnutrição: Perda de apetite e diarreia podem levar à desnutrição.
4. Diagnóstico do Sarampo:
O diagnóstico do sarampo é feito clinicamente, baseado na avaliação dos sintomas e do histórico de contato com pessoas infectadas. Exames laboratoriais podem ser realizados para confirmar o diagnóstico, como o teste de ELISA (ensaio imunoenzimático) para detectar anticorpos IgM contra o vírus do sarampo, ou PCR (reação em cadeia da polimerase) para detectar o material genético do vírus. Esses exames são realizados em laboratórios de saúde pública.
5. Tratamento do Sarampo:
Não existe um tratamento específico para o sarampo. O foco do tratamento é aliviar os sintomas e prevenir complicações. As medidas incluem:
Repouso: Repouso em casa é essencial para permitir que o corpo combata a infecção.
Hidratação: Ingerir bastante líquido, como água, sucos e sopas, é crucial para prevenir a
desidratação, especialmente em crianças.
Medicamentos sintomáticos: Analgésicos e antitérmicos podem ser usados para controlar a febre e aliviar a dor. A utilização de antibióticos não é eficaz contra o vírus do sarampo, mas pode ser necessária em caso de infecções bacterianas secundárias.
Cuidados de suporte: Em casos graves, pode ser necessária a internação hospitalar para receber oxigênio, hidratação intravenosa e tratamento de complicações.
6. Prevenção do Sarampo: A Vacinação
A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir o sarampo. A vacina tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) é segura e eficaz na prevenção da doença. O calendário vacinal do Ministério da Saúde recomenda duas doses da vacina: a primeira aos 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses. Adultos também devem verificar sua situação vacinal e tomar doses adicionais se necessário.
7. O SUS e o Sarampo:
O Sistema Único de Saúde (SUS) garante o acesso gratuito à prevenção, diagnóstico e tratamento do sarampo para todos os cidadãos brasileiros. Os serviços incluem:
Vacinação: As vacinas tríplice viral estão disponíveis gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país.
Diagnóstico: As UBS e os serviços de saúde pública oferecem exames para confirmar o diagnóstico do sarampo.
Tratamento: O tratamento para aliviar os sintomas e prevenir complicações é oferecido gratuitamente pelo SUS, incluindo medicamentos e internação hospitalar quando necessário.
Educação em Saúde: O SUS realiza campanhas de conscientização e educação em saúde para informar a população sobre a importância da vacinação e da prevenção do sarampo.
8. Como acessar os serviços do SUS para tratamento de sarampo:
Para acessar os serviços do SUS relacionados ao sarampo, procure:
Unidade Básica de Saúde (UBS): É o primeiro ponto de contato para a maioria dos serviços de saúde pública. A UBS é onde você poderá receber a vacina, fazer o acompanhamento da sua saúde e buscar atendimento em caso de suspeita de sarampo.
Pronto-Socorro: Em casos de emergência, como febre muito alta, dificuldade respiratória ou outros sintomas graves, procure o pronto-socorro mais próximo.
Hospitais: Em casos mais graves, o paciente pode precisar de internação hospitalar para receber cuidados de suporte, como oxigenação e tratamento de complicações.
Site do Ministério da Saúde: O site do Ministério da Saúde fornece informações detalhadas sobre o sarampo, a vacinação e os serviços do SUS. É uma fonte confiável para obter informações atualizadas e precisas.
9. Mitos e Verdades sobre o Sarampo:
Aqui estão alguns mitos e verdades comuns sobre o sarampo:
Mito: O sarampo é uma doença leve e não requer tratamento médico.
Verdade: O sarampo pode ser uma doença grave, especialmente em crianças pequenas e pessoas com sistemas imunológicos comprometidos. É importante procurar atendimento médico imediatamente se você suspeitar que tem sarampo.
Mito: A vacina contra o sarampo é perigosa e causa autismo.
Verdade: A vacina contra o sarampo é segura e eficaz e não causa autismo. Os benefícios da vacinação superam em muito os riscos.
Mito: Se eu já tive sarampo, não preciso me vacinar.
Verdade: Embora a infecção natural por sarampo geralmente confere imunidade, a vacinação é recomendada para garantir proteção duradoura.
O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa, mas totalmente prevenível através da vacinação. O SUS oferece acesso gratuito a todos os serviços relacionados à prevenção, diagnóstico e tratamento do sarampo. Mantenha sua carteira de vacinação em dia, procure atendimento médico em caso de suspeita de sarampo e ajude a proteger sua comunidade através da vacinação. Lembre-se, a prevenção é a melhor forma de combater essa doença!
Saúde para todos.
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