Esclerose Múltipla: Tratamento Completo pelo SUS - Passo a Passo

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como funciona o tratamento da Esclerose Múltipla pelo SUS, apresentando um passo a passo completo para que você ou seu familiar possa acessar todos os serviços disponíveis. Abordaremos desde os primeiros sinais que devem levar à busca por atendimento médico até os tratamentos mais avançados oferecidos pela rede pública de saúde.

4/28/202511 min read

Esclerose Múltipla: Tratamento Completo pelo SUS - Passo a Passo

O que é Esclerose Múltipla e Como o SUS Oferece Tratamento

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, autoimune e desmielinizante que afeta o sistema nervoso central, comprometendo o cérebro e a medula espinhal. No Brasil, estima-se que cerca de 40 mil pessoas vivam com esta condição, que geralmente se manifesta entre os 20 e 40 anos de idade, afetando principalmente mulheres. Apesar de ser uma doença complexa e sem cura definitiva, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento completo e gratuito para pacientes com Esclerose Múltipla.

Neste artigo, vamos explicar detalhadamente como funciona o tratamento da Esclerose Múltipla pelo SUS, apresentando um passo a passo completo para que você ou seu familiar possa acessar todos os serviços disponíveis. Abordaremos desde os primeiros sinais que devem levar à busca por atendimento médico até os tratamentos mais avançados oferecidos pela rede pública de saúde.

O SUS garante atendimento integral aos pacientes com Esclerose Múltipla, incluindo diagnóstico, medicamentos modificadores da doença (alguns de alto custo), reabilitação e acompanhamento multidisciplinar. Este direito é fundamental para melhorar a qualidade de vida e retardar a progressão da doença.

Sinais e Sintomas da Esclerose Múltipla: Quando Procurar o SUS

Antes de explicarmos o processo de tratamento, é importante conhecer os sinais e sintomas que podem indicar a presença de Esclerose Múltipla. Identificar estes sinais precocemente e buscar atendimento médico pode fazer toda a diferença no prognóstico da doença.

Os principais sintomas da Esclerose Múltipla incluem:

  • Fadiga intensa e desproporcional às atividades realizadas

  • Problemas de visão (visão dupla, embaçada ou perda parcial da visão)

  • Formigamento ou dormência em partes do corpo

  • Fraqueza muscular

  • Dificuldades de equilíbrio e coordenação

  • Problemas de memória e concentração

  • Dificuldades na fala

  • Disfunção urinária ou intestinal

  • Espasticidade (rigidez muscular e espasmos)

  • Dor crônica

Uma característica importante da Esclerose Múltipla é que os sintomas geralmente aparecem em surtos (períodos de piora) seguidos por remissões (períodos de melhora parcial ou total). Se você apresenta um ou mais destes sintomas, especialmente se eles aparecem e desaparecem, é fundamental procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) o mais rápido possível.

Tipos de Esclerose Múltipla

Existem diferentes formas de manifestação da Esclerose Múltipla, e o tipo específico influencia o tratamento oferecido pelo SUS:

  • Esclerose Múltipla Remitente-Recorrente (EMRR): É o tipo mais comum, caracterizado por surtos definidos seguidos por recuperação parcial ou completa. Entre os surtos, a doença não progride.

  • Esclerose Múltipla Secundariamente Progressiva (EMSP): Inicialmente se apresenta como EMRR, mas com o tempo evolui para uma fase de progressão contínua, com ou sem surtos ocasionais.

  • Esclerose Múltipla Primariamente Progressiva (EMPP): Caracterizada por piora neurológica contínua desde o início, sem surtos definidos.

  • Esclerose Múltipla Progressiva com Surtos (EMPS): Apresenta progressão contínua desde o início, mas com surtos agudos claros, com ou sem recuperação.

O diagnóstico correto do tipo de EM é essencial para definir o melhor tratamento, e o SUS dispõe de neurologistas especializados capazes de fazer esta diferenciação.

Passo a Passo para Diagnóstico e Tratamento da Esclerose Múltipla pelo SUS

1. Primeiro Atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS)

O primeiro passo para o diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla pelo SUS é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Para isso, você precisará:

  • Levar seu Cartão Nacional de Saúde (CNS) ou CPF

  • Documento de identidade com foto

  • Comprovante de residência (para confirmar que você está na UBS de sua área)

Na UBS, você passará por uma consulta com o médico de família ou clínico geral, que fará uma avaliação inicial dos seus sintomas. Este profissional poderá solicitar os primeiros exames básicos e, ao suspeitar de uma condição neurológica como a Esclerose Múltipla, fará o encaminhamento para um neurologista através do sistema de regulação do SUS.

É importante descrever detalhadamente todos os sintomas ao médico da UBS, incluindo quando começaram, com que frequência ocorrem e se há fatores que os pioram ou melhoram. Estas informações são valiosas para o encaminhamento adequado.

2. Consulta com Neurologista e Exames Diagnósticos

Após o encaminhamento da UBS, você será direcionado para consulta com um neurologista. Este processo ocorre através do sistema de regulação do SUS, que organiza a fila de atendimento conforme a urgência de cada caso.

Para agilizar este processo, é importante:

  • Manter seus dados de contato atualizados na UBS

  • Verificar regularmente se sua consulta já foi agendada

  • Em caso de piora dos sintomas durante a espera, retornar à UBS para reavaliação

Na consulta com o neurologista, será realizada uma avaliação neurológica detalhada e serão solicitados exames específicos para investigar a suspeita de Esclerose Múltipla. Os principais exames incluem:

  • Ressonância Magnética (RM) do cérebro e medula espinhal: O exame mais importante para o diagnóstico da EM, pois permite visualizar as lesões desmielinizantes características da doença

  • Punção lombar (exame do líquido cefalorraquidiano): Para detectar bandas oligoclonais e outros marcadores inflamatórios

  • Potenciais evocados: Exames que medem a velocidade de resposta do sistema nervoso a estímulos visuais, auditivos ou sensoriais

  • Exames de sangue: Para descartar outras condições que podem mimetizar a EM

Todos estes exames são realizados gratuitamente pelo SUS, embora possa haver tempo de espera variável dependendo da disponibilidade em cada região. Em casos com sintomas neurológicos significativos, há priorização no agendamento destes exames.

3. Confirmação do Diagnóstico

O diagnóstico da Esclerose Múltipla é clínico, baseado na combinação de sintomas, exame neurológico e resultados de exames complementares. Atualmente, são utilizados os Critérios de McDonald, que consideram a disseminação das lesões no tempo e no espaço.

Após a realização dos exames, você retornará ao neurologista para avaliação dos resultados. Se o diagnóstico de Esclerose Múltipla for confirmado, o médico explicará:

  • O tipo específico de EM que você apresenta

  • O prognóstico esperado

  • As opções de tratamento disponíveis no SUS

É importante fazer todas as perguntas necessárias neste momento para entender completamente sua condição e as próximas etapas do tratamento.

4. Início do Tratamento Medicamentoso

Após a confirmação do diagnóstico, o neurologista prescreverá o tratamento mais adequado para o seu caso específico. O SUS oferece diversos medicamentos para o tratamento da Esclerose Múltipla, incluindo medicamentos modificadores do curso da doença (MMCDs), que são fundamentais para reduzir a frequência e gravidade dos surtos e retardar a progressão da doença.

Os medicamentos disponíveis no SUS para Esclerose Múltipla incluem:

Primeira Linha de Tratamento:

  • Betainterferonas (1a e 1b): Medicamentos injetáveis que reduzem a inflamação e a frequência dos surtos

  • Acetato de Glatirâmer: Medicamento injetável que modula o sistema imunológico

  • Teriflunomida: Medicamento oral que reduz a atividade de células imunes específicas

Segunda Linha de Tratamento (para casos mais agressivos ou que não responderam à primeira linha):

  • Fingolimode: Medicamento oral que impede que certas células imunes atinjam o sistema nervoso central

  • Natalizumabe: Medicamento administrado por infusão intravenosa que bloqueia a migração de células imunes para o sistema nervoso central

  • Fumarato de dimetila: Medicamento oral com propriedades anti-inflamatórias e neuroprotetoras

Para ter acesso a estes medicamentos pelo SUS, você precisará:

  1. Receber a prescrição do neurologista

  2. Reunir a documentação necessária, que geralmente inclui:

    • Laudo médico detalhado

    • Resultados de exames que comprovam o diagnóstico

    • Formulários específicos preenchidos pelo médico

    • Cópias de documentos pessoais (RG, CPF, Cartão SUS, comprovante de residência)

  3. Entregar a documentação em um dos Centros de Referência em Medicamentos de Alto Custo do seu estado

Após a aprovação do processo, que geralmente leva de 30 a 60 dias, você poderá retirar o medicamento mensalmente no local indicado. É importante seguir rigorosamente as orientações médicas quanto à forma de administração, armazenamento e periodicidade do uso do medicamento.

5. Tratamento dos Surtos

Além do tratamento contínuo com medicamentos modificadores da doença, o SUS também oferece tratamento para os surtos agudos da Esclerose Múltipla. Quando ocorre um surto (exacerbação dos sintomas), você deve procurar atendimento médico imediatamente.

O tratamento dos surtos geralmente inclui:

  • Corticosteroides em altas doses: Geralmente metilprednisolona intravenosa por 3 a 5 dias, seguida ou não de prednisona oral em doses decrescentes

  • Plasmaférese: Em casos graves que não respondem aos corticosteroides

  • Tratamento sintomático: Para alívio de sintomas específicos como dor, espasticidade, etc.

Estes tratamentos são realizados em ambiente hospitalar ou ambulatorial, dependendo da gravidade do surto e da condição geral do paciente. O SUS cobre integralmente estes procedimentos.

6. Reabilitação Multidisciplinar

A reabilitação é uma parte fundamental do tratamento da Esclerose Múltipla e visa melhorar a funcionalidade, independência e qualidade de vida dos pacientes. O SUS oferece serviços de reabilitação através dos Centros Especializados em Reabilitação (CER) e outros serviços de atenção especializada.

A equipe de reabilitação multidisciplinar pode incluir:

  • Fisioterapeutas: Para melhorar a força muscular, equilíbrio, coordenação e mobilidade

  • Terapeutas ocupacionais: Para auxiliar nas atividades diárias e adaptações necessárias

  • Fonoaudiólogos: Para tratar problemas de fala, deglutição e comunicação

  • Psicólogos: Para apoio emocional e manejo do impacto psicológico da doença

  • Nutricionistas: Para orientação alimentar adequada

  • Assistentes sociais: Para orientação sobre direitos e benefícios

Para acessar estes serviços, você precisará de um encaminhamento do neurologista que acompanha seu caso. A frequência e duração das sessões de reabilitação serão determinadas conforme suas necessidades específicas.

7. Acompanhamento Contínuo

O acompanhamento contínuo é essencial no tratamento da Esclerose Múltipla. Pelo SUS, você terá consultas regulares com o neurologista para:

  • Avaliar a resposta ao tratamento medicamentoso

  • Monitorar a progressão da doença

  • Ajustar o tratamento quando necessário

  • Solicitar exames de controle, como ressonância magnética periódica

  • Gerenciar efeitos colaterais dos medicamentos

A frequência das consultas varia conforme a estabilidade da doença, mas geralmente ocorrem a cada 3-6 meses. É fundamental comparecer a todas as consultas agendadas e informar ao médico qualquer mudança nos sintomas ou surgimento de novos sintomas entre as consultas.

Tratamento Sintomático da Esclerose Múltipla pelo SUS

Além do tratamento modificador da doença, o SUS também oferece tratamento para os diversos sintomas que podem afetar a qualidade de vida dos pacientes com Esclerose Múltipla:

Tratamento da Fadiga

A fadiga é um dos sintomas mais comuns e incapacitantes da EM. O SUS oferece:

  • Medicamentos como amantadina e modafinil (mediante prescrição especializada)

  • Programas de conservação de energia através da terapia ocupacional

  • Orientação para adaptação das atividades diárias

Tratamento da Espasticidade

Para a rigidez muscular e espasmos, o SUS disponibiliza:

  • Medicamentos como baclofeno, tizanidina e diazepam

  • Fisioterapia específica para espasticidade

  • Em casos graves, procedimentos como aplicação de toxina botulínica

Tratamento dos Distúrbios Urinários e Intestinais

Para problemas urinários e intestinais, o SUS oferece:

  • Avaliação urológica especializada

  • Medicamentos para incontinência ou retenção urinária

  • Cateterismo intermitente quando necessário (com fornecimento de materiais)

  • Orientação nutricional e medicamentos para constipação ou incontinência fecal

Tratamento da Dor

Para o manejo da dor neuropática e outras dores associadas à EM, o SUS disponibiliza:

  • Medicamentos como gabapentina, pregabalina, carbamazepina e amitriptilina

  • Fisioterapia para dor

  • Técnicas de manejo da dor através de equipes multidisciplinares

Tratamento dos Problemas Cognitivos

Para déficits cognitivos, o SUS oferece:

  • Avaliação neuropsicológica

  • Reabilitação cognitiva

  • Orientação para adaptações no ambiente de trabalho e estudo

Todos estes tratamentos sintomáticos são prescritos pelo neurologista ou por especialistas da equipe multidisciplinar e são fornecidos gratuitamente pelo SUS.

Direitos dos Pacientes com Esclerose Múltipla no SUS

Pacientes diagnosticados com Esclerose Múltipla têm direitos específicos garantidos por lei, incluindo:

  • Tratamento gratuito e integral: Todos os procedimentos, exames e medicamentos necessários são cobertos pelo SUS

  • Medicamentos de alto custo: Acesso gratuito aos medicamentos modificadores da doença através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica

  • Auxílio-doença: Benefício previdenciário para pacientes que não podem trabalhar temporariamente devido à doença

  • Aposentadoria por invalidez: Para casos em que a doença causa incapacidade permanente para o trabalho

  • Benefício de Prestação Continuada (BPC): Para pacientes de baixa renda que não podem trabalhar

  • Isenção de Imposto de Renda: Para aposentados com EM

  • Isenção de IPI na compra de veículos adaptados

  • Isenção de ICMS e IPVA: Para veículos adaptados (varia conforme o estado)

  • Passe livre no transporte público: Para pacientes com dificuldade de locomoção

  • Tratamento Fora do Domicílio (TFD): Auxílio para deslocamento quando o tratamento não está disponível na cidade de residência

Para mais informações sobre estes direitos, consulte o guia completo de direitos dos pacientes com doenças crônicas ou procure o serviço social da unidade onde realiza o tratamento.

Redes de Apoio para Pacientes com Esclerose Múltipla

Além do tratamento médico, o apoio psicológico e social é fundamental durante o enfrentamento da Esclerose Múltipla. O SUS oferece suporte psicológico em muitas unidades de tratamento neurológico, mas existem também diversas organizações que oferecem apoio complementar:

  • Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM)

  • Associações regionais de pacientes com EM

  • Grupos de apoio presenciais e online

  • ONGs que oferecem assistência prática e informações

Pergunte ao serviço social da unidade onde realiza o tratamento sobre as redes de apoio disponíveis em sua região.

Pesquisa e Novos Tratamentos

O SUS está constantemente atualizando seus protocolos de tratamento para Esclerose Múltipla conforme novas evidências científicas surgem. A incorporação de novos medicamentos ao SUS é avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC).

Pacientes com EM também podem ter a oportunidade de participar de pesquisas clínicas realizadas em centros universitários e hospitais de referência vinculados ao SUS. Pergunte ao seu neurologista sobre estudos em andamento para os quais você poderia ser elegível.

Perguntas Frequentes sobre o Tratamento de Esclerose Múltipla pelo SUS

Quanto tempo demora para conseguir uma consulta com neurologista pelo SUS?

O tempo de espera varia conforme a região e a disponibilidade de especialistas. Em casos com sintomas neurológicos significativos, há priorização no agendamento. Se houver demora excessiva, procure a ouvidoria do SUS ou o Ministério Público.

O SUS cobre todos os medicamentos para Esclerose Múltipla?

O SUS cobre os principais medicamentos modificadores da doença e medicamentos para tratamento sintomático, conforme os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde. Nem todos os medicamentos disponíveis no mercado estão incorporados ao SUS, mas as opções oferecidas são eficazes e baseadas em evidências científicas.

Como agilizar o processo de diagnóstico e tratamento?

Mantenha todos os seus documentos e exames organizados, compareça a todas as consultas agendadas e, em caso de piora dos sintomas, retorne à UBS ou procure o serviço de neurologia onde está sendo acompanhado para reavaliação.

Posso mudar de medicamento se não estiver respondendo bem ao tratamento?

Sim, o neurologista pode alterar o medicamento caso não haja resposta adequada ao tratamento inicial ou se houver efeitos colaterais significativos. Esta mudança segue critérios estabelecidos nos protocolos do Ministério da Saúde.

O SUS fornece equipamentos de auxílio à locomoção?

Sim, o SUS fornece órteses, próteses e meios auxiliares de locomoção (como bengalas, muletas e cadeiras de rodas) para pacientes que necessitam, mediante avaliação e prescrição por profissional habilitado.

Conclusão

O tratamento da Esclerose Múltipla pelo SUS é um direito garantido a todos os cidadãos brasileiros e segue protocolos rigorosos baseados nas melhores evidências científicas disponíveis. Embora o diagnóstico de EM seja sempre desafiador, é importante saber que o sistema público de saúde oferece tratamento completo e gratuito, com equipes multidisciplinares capacitadas.

O caminho desde o diagnóstico até a estabilização da doença pode ser complexo, mas conhecer seus direitos e os passos a seguir facilita o acesso aos serviços necessários. Lembre-se de que o apoio familiar e de redes de solidariedade também são fundamentais nesta jornada.

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando sintomas suspeitos ou já foi diagnosticado com Esclerose Múltipla, não hesite em procurar o SUS. O diagnóstico precoce e o início rápido do tratamento são essenciais para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida.

Para mais informações sobre outros serviços oferecidos pelo SUS, consulte nossos artigos sobre exames diagnósticos, direitos dos usuários e medicamentos de alto custo.

© 2025 Viva o SUS - Todos os direitos reservados

Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a consulta a profissionais de saúde.