Osteoporose: Prevenção e Tratamento pelo SUS

O SUS adota uma abordagem multifacetada para a osteoporose, focando tanto na prevenção quanto no tratamento das pessoas diagnosticadas ou com alto risco de fratura. As estratégias incluem medidas não medicamentosas e medicamentosas.

6/1/202513 min read

Osteoporose: Prevenção e Tratamento pelo SUS

A osteoporose é uma doença silenciosa que afeta milhões de brasileiros, principalmente mulheres após a menopausa e idosos. Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.

A boa notícia é que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico, prevenção e tratamento gratuitos para pessoas com osteoporose. Em 2023, o Ministério da Saúde ampliou o acesso a medicamentos e terapias para o tratamento dessa condição, incluindo a incorporação de novos medicamentos para casos específicos.

Neste artigo, você vai descobrir o que é a osteoporose, como identificar os sinais, como prevenir, como conseguir diagnóstico e tratamento pelo SUS, quais medicamentos estão disponíveis gratuitamente e como acessá-los. Também vamos abordar os direitos dos pacientes e dicas para melhorar a qualidade de vida.

Importante: A osteoporose é considerada uma condição de saúde prioritária pelo Ministério da Saúde, que disponibiliza o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) específico para orientar o diagnóstico e tratamento pelo SUS. A última atualização do PCDT da Osteoporose foi publicada em setembro de 2023, através da Portaria Conjunta SAES/SCTIE/MS Nº 19.

O que é Osteoporose?

A osteoporose é uma doença metabólica caracterizada pela diminuição da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, tornando os ossos mais frágeis e aumentando o risco de fraturas. O nome "osteoporose" vem do latim e significa literalmente "ossos porosos".

Nossos ossos são estruturas vivas que estão em constante renovação. Durante a juventude, o corpo constrói mais tecido ósseo do que remove, aumentando a densidade óssea. Por volta dos 30 anos, atingimos o pico de massa óssea. Após essa idade, o processo começa a se inverter gradualmente, e perdemos mais massa óssea do que ganhamos.

Na osteoporose, essa perda ocorre de forma acelerada, tornando os ossos frágeis e suscetíveis a fraturas mesmo com traumas mínimos, como uma simples queda da própria altura ou até mesmo um espirro forte.

Tipos de Osteoporose

A osteoporose pode ser classificada em dois tipos principais:

  • Osteoporose primária: Ocorre como parte do processo natural de envelhecimento ou após a menopausa nas mulheres (devido à queda nos níveis de estrogênio)

  • Osteoporose secundária: Causada por outras condições médicas ou pelo uso de certos medicamentos, como corticosteroides

Além disso, existe a osteopenia, que é uma condição intermediária entre a densidade óssea normal e a osteoporose, representando um estágio inicial de perda óssea.

Fatores de Risco para Osteoporose

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver osteoporose:

  • Fatores não modificáveis:

    • Idade avançada (o risco aumenta significativamente após os 50 anos)

    • Sexo feminino (mulheres têm maior risco devido à menopausa)

    • Histórico familiar de osteoporose ou fraturas

    • Estrutura corporal pequena e magra

    • Etnia (pessoas brancas e asiáticas têm maior risco)

  • Fatores modificáveis:

    • Baixa ingestão de cálcio e vitamina D

    • Sedentarismo

    • Tabagismo

    • Consumo excessivo de álcool

    • Consumo excessivo de cafeína

    • Dietas muito restritivas ou transtornos alimentares

  • Condições médicas e medicamentos:

    • Menopausa precoce (antes dos 45 anos)

    • Uso prolongado de corticosteroides

    • Hipertireoidismo ou hipotireoidismo

    • Artrite reumatoide

    • Doença celíaca e outras doenças que afetam a absorção de nutrientes

    • Alguns tipos de câncer

    • HIV/AIDS

Sinais e Sintomas da Osteoporose

A osteoporose é conhecida como a "doença silenciosa" porque geralmente não apresenta sintomas até que ocorra uma fratura. No entanto, alguns sinais podem indicar a presença da doença:

  • Diminuição gradual da altura (perda de 3 cm ou mais)

  • Postura encurvada ou cifótica (corcunda)

  • Dor nas costas causada por fraturas vertebrais

  • Fraturas que ocorrem com traumas mínimos

  • Redução da capacidade respiratória (devido à cifose)

Atenção: A ausência de sintomas não significa ausência de doença. Muitas pessoas descobrem que têm osteoporose apenas após sofrerem uma fratura. Por isso, a prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais.

Diagnóstico da Osteoporose pelo SUS

O diagnóstico precoce da osteoporose é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes e prevenir fraturas. No SUS, o processo diagnóstico segue um fluxo que começa na Atenção Primária à Saúde.

Onde Buscar o Diagnóstico

A porta de entrada para o diagnóstico da osteoporose no SUS é a Unidade Básica de Saúde (UBS) ou Estratégia de Saúde da Família (ESF) mais próxima da sua residência. Lá, o médico clínico geral realizará a avaliação inicial e, se necessário, solicitará exames ou encaminhará para especialistas.

Exames Disponíveis no SUS

O SUS oferece diversos exames para diagnóstico e acompanhamento da osteoporose:

  • Densitometria óssea (DEXA): É o principal exame para diagnóstico da osteoporose. Mede a densidade mineral óssea em diferentes partes do corpo, geralmente coluna lombar e fêmur. É um exame indolor, rápido e com baixa exposição à radiação.

  • Exames laboratoriais: Ajudam a identificar causas secundárias de osteoporose e avaliar o metabolismo ósseo:

    • Hemograma completo

    • Cálcio sérico e urinário

    • Fósforo

    • Fosfatase alcalina

    • Creatinina

    • 25-hidroxivitamina D

    • Hormônio estimulante da tireoide (TSH)

    • Paratormônio (PTH)

  • Radiografias: Podem identificar fraturas vertebrais e deformidades ósseas, mas não são adequadas para diagnóstico precoce da osteoporose.

Critérios Diagnósticos

Segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Ministério da Saúde, o diagnóstico de osteoporose baseia-se tanto na evidência de fratura por fragilidade quanto na avaliação da densidade mineral óssea (DMO) por meio da densitometria óssea.

Os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS) para diagnóstico da osteoporose com base na densitometria óssea são:

  • Normal

    T-score ≤ -1,0

  • Osteopenia (Baixa massa óssea)

    T-score entre -1,0 e -2,5

  • Osteoporose

    T-score ≤ -2,5

  • Osteoporose Grave:

    T-score ≤ -2,5 + fratura por fragilidade

O T-score compara a densidade óssea do paciente com a de um adulto jovem saudável do mesmo sexo. Cada redução de 1 ponto no T-score representa aproximadamente 10-12% de perda de massa óssea.

Passo a Passo para Buscar o Diagnóstico no SUS

  1. Procure a UBS mais próxima: Leve documentos pessoais, cartão do SUS e comprovante de residência

  2. Consulta inicial: O médico clínico geral fará uma avaliação dos fatores de risco e histórico médico

  3. Solicitação de exames: Se houver suspeita de osteoporose, o médico solicitará exames como densitometria óssea e exames laboratoriais

  4. Agendamento dos exames: Com a solicitação médica, agende os exames na própria UBS ou na central de regulação do município

  5. Realização dos exames: Compareça no local, data e horário agendados para realizar os exames

  6. Retorno ao médico: Leve os resultados dos exames para avaliação médica e definição do diagnóstico

  7. Encaminhamento para especialista (se necessário): Dependendo do caso, você poderá ser encaminhado para especialistas como reumatologista, ortopedista ou endocrinologista

Dica: Ao consultar o médico, informe sobre histórico familiar de osteoporose, fraturas anteriores, menopausa precoce, uso de medicamentos como corticoides e outros fatores de risco. Essas informações são importantes para a avaliação do risco de osteoporose.

Prevenção da Osteoporose

A prevenção da osteoporose deve começar cedo na vida, idealmente na infância e adolescência, quando os ossos estão se formando. No entanto, nunca é tarde para adotar medidas preventivas. O SUS oferece orientações e programas de prevenção em todas as fases da vida.

Alimentação Rica em Cálcio e Vitamina D

O cálcio e a vitamina D são nutrientes essenciais para a saúde óssea:

  • Fontes de cálcio:

    • Leite e derivados (iogurte, queijo)

    • Vegetais de folhas verde-escuras (couve, brócolis, espinafre)

    • Sardinha e salmão com ossos

    • Tofu

    • Amêndoas e sementes de chia

  • Fontes de vitamina D:

    • Exposição solar (15-30 minutos diários, preferencialmente antes das 10h ou após as 16h)

    • Peixes gordurosos (salmão, atum, sardinha)

    • Gema de ovo

    • Fígado

    • Alimentos fortificados (alguns tipos de leite e cereais)

A ingestão diária recomendada de cálcio varia conforme a idade:

  • Crianças (4-8 anos): 1.000 mg

  • Adolescentes (9-18 anos): 1.300 mg

  • Adultos (19-50 anos): 1.000 mg

  • Mulheres acima de 50 anos e homens acima de 70 anos: 1.200 mg

Exercícios Físicos Regulares

A atividade física regular é fundamental para fortalecer os ossos e músculos, melhorar o equilíbrio e reduzir o risco de quedas. Os tipos de exercícios mais recomendados para prevenção da osteoporose são:

  • Exercícios com carga: Caminhada, corrida leve, subir escadas

  • Exercícios de resistência: Musculação com pesos leves a moderados

  • Exercícios de equilíbrio: Tai chi, yoga, pilates

  • Exercícios de baixo impacto: Natação, hidroginástica (embora tenham menor efeito sobre a densidade óssea, são excelentes para condicionamento geral)

O SUS oferece grupos de atividade física em muitas Unidades Básicas de Saúde, através do Programa Academia da Saúde. Informe-se na UBS mais próxima sobre as atividades disponíveis.

Hábitos de Vida Saudáveis

Além da alimentação adequada e exercícios físicos, outros hábitos de vida saudáveis são importantes para a prevenção da osteoporose:

  • Evitar o tabagismo: O fumo reduz a absorção de cálcio e diminui a produção de estrogênio nas mulheres

  • Limitar o consumo de álcool: O consumo excessivo interfere na absorção de cálcio e vitamina D

  • Reduzir o consumo de cafeína: O excesso de cafeína pode aumentar a excreção de cálcio pela urina

  • Manter peso saudável: Tanto o baixo peso quanto a obesidade podem afetar negativamente a saúde óssea

  • Prevenir quedas: Adaptar o ambiente doméstico para reduzir o risco de quedas, especialmente para idosos

Programas de Prevenção no SUS

O SUS oferece diversos programas e ações voltados para a prevenção da osteoporose:

  • Programa Saúde da Família: Oferece orientações sobre alimentação saudável, atividade física e prevenção de quedas

  • Programa Academia da Saúde: Disponibiliza espaços públicos com equipamentos e profissionais para a prática de atividade física

  • Programa Nacional de Suplementação de Vitamina D: Fornece suplementação para grupos de risco, como idosos e gestantes

  • Campanhas de conscientização: Especialmente no Dia Mundial da Osteoporose (20 de outubro)

Saiba mais: O SUS oferece o Programa Nacional para Prevenção de Quedas em Idosos, que inclui avaliação de risco, adaptação do ambiente doméstico e orientações sobre prevenção de quedas. Informe-se na UBS mais próxima.

Tratamento da Osteoporose pelo SUS

Após o diagnóstico, a pessoa com osteoporose tem direito a um tratamento individualizado pelo SUS, elaborado de acordo com suas necessidades específicas. O tratamento visa reduzir o risco de fraturas, aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida.

Medicamentos Disponíveis Gratuitamente

O SUS fornece gratuitamente diversos medicamentos para o tratamento da osteoporose, através do Componente Básico da Assistência Farmacêutica (disponíveis nas farmácias das UBS) e do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (medicamentos de alto custo):

  • Bisfosfonatos:

    • Alendronato de sódio (comprimidos de 10 mg e 70 mg)

    • Risedronato de sódio (comprimidos de 5 mg e 35 mg)

    • Pamidronato dissódico (injetável)

    • Ácido zoledrônico (injetável, para casos específicos)

  • Suplementos:

    • Carbonato de cálcio (comprimidos de 500 mg e 1.250 mg)

    • Calcitriol (cápsulas de 0,25 mcg)

    • Vitamina D (colecalciferol) (gotas e comprimidos)

  • Moduladores seletivos dos receptores de estrogênio:

    • Raloxifeno (comprimidos de 60 mg)

  • Terapia hormonal:

    • Estrógenos conjugados (comprimidos e creme vaginal)

  • Outros medicamentos:

    • Calcitonina (spray nasal, para casos específicos)

    • Denosumabe (injetável, para casos específicos)

    • Teriparatida (injetável, para casos específicos)

A escolha do medicamento depende de diversos fatores, como idade, sexo, gravidade da osteoporose, presença de fraturas, outras condições médicas e preferências do paciente.

Como Obter os Medicamentos

Para obter os medicamentos gratuitos pelo SUS, siga estes passos:

  1. Medicamentos básicos (como cálcio, vitamina D e alendronato):

    • Consulte um médico do SUS e obtenha a receita

    • Dirija-se à farmácia da UBS ou à Farmácia Popular com a receita, documento de identidade e cartão do SUS

    • A receita geralmente tem validade de 3 a 6 meses para medicamentos de uso contínuo

  2. Medicamentos especializados (alto custo):

    • Consulte um médico especialista do SUS e obtenha a receita e o Laudo de Medicamentos Excepcionais (LME)

    • Reúna os documentos necessários: cópia do RG, CPF, cartão do SUS, comprovante de residência, receita, LME e exames que comprovem o diagnóstico

    • Dirija-se à farmácia de medicamentos especializados do seu município ou estado

    • Após aprovação, você receberá o medicamento mensalmente ou a cada três meses, dependendo do tipo

Atenção: Medicamentos só devem ser utilizados sob prescrição e acompanhamento médico. Nunca interrompa ou modifique o tratamento sem orientação profissional. Alguns medicamentos para osteoporose exigem cuidados especiais na administração para garantir sua eficácia e evitar efeitos colaterais.

Tratamento Não Medicamentoso

Além dos medicamentos, o tratamento da osteoporose inclui medidas não medicamentosas importantes:

  • Fisioterapia: Fortalecimento muscular, melhora da postura e do equilíbrio, redução da dor

  • Terapia ocupacional: Adaptação das atividades diárias para prevenir quedas e fraturas

  • Nutrição: Orientação alimentar para garantir ingestão adequada de cálcio, vitamina D e outros nutrientes

  • Educação em saúde: Informações sobre a doença, importância da adesão ao tratamento e prevenção de quedas

O SUS oferece esses serviços em diferentes níveis de atenção, desde as Unidades Básicas de Saúde até os Centros Especializados de Reabilitação (CER).

Prevenção de Quedas

A prevenção de quedas é parte fundamental do tratamento da osteoporose, especialmente para idosos. O SUS oferece orientações e programas específicos para redução do risco de quedas:

  • Avaliação do risco de quedas: Realizada por profissionais de saúde nas UBS

  • Adaptação do ambiente doméstico: Remoção de obstáculos, instalação de barras de apoio, melhor iluminação

  • Uso de dispositivos auxiliares: Bengalas, andadores, calçados adequados

  • Exercícios de equilíbrio: Oferecidos em grupos nas UBS e Academias da Saúde

  • Revisão de medicamentos: Alguns medicamentos podem aumentar o risco de quedas

Direitos dos Pacientes com Osteoporose

Pessoas com osteoporose têm direitos garantidos por lei, que podem facilitar o acesso ao tratamento e melhorar a qualidade de vida:

Direitos no SUS

  • Acesso gratuito a consultas, exames e medicamentos: Garantido pela Lei 8.080/1990 (Lei Orgânica da Saúde

  • Atendimento prioritário para idosos: Garantido pelo Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003)

  • Tratamento integral: Incluindo prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação

  • Segunda opinião médica: Direito de buscar a opinião de outro profissional do SUS

  • Acesso ao prontuário: Direito de ter acesso às informações contidas no seu prontuário médico

Benefícios Previdenciários e Assistenciais

Em casos de osteoporose grave, que cause limitações significativas, o paciente pode ter direito a:

  • Auxílio-doença: Para trabalhadores que precisam se afastar temporariamente do trabalho

  • Aposentadoria por invalidez: Para casos em que a doença impossibilita permanentemente o trabalho

  • Benefício de Prestação Continuada (BPC): Para pessoas de baixa renda que não podem trabalhar devido à doença

Para acessar esses benefícios, é necessário passar por perícia médica no INSS e comprovar a incapacidade para o trabalho.

Outros Direitos

  • Isenção de imposto de renda: Em casos de osteoporose grave com sequelas permanentes

  • Isenção de IPI na compra de veículos adaptados: Para pessoas com deficiência física decorrente de fraturas graves

  • Passe livre no transporte público: Para pessoas com deficiência de mobilidade

Saiba mais: Para obter informações detalhadas sobre seus direitos, procure o serviço social da unidade de saúde onde você é atendido ou a Defensoria Pública do seu estado.

Histórias Reais: Experiências Positivas no SUS

Maria Silva, 68 anos, moradora de Belo Horizonte (MG), descobriu que tinha osteoporose após uma queda que resultou em fratura do punho. "Fui atendida no posto de saúde do meu bairro e encaminhada para fazer a densitometria óssea. O resultado mostrou osteoporose avançada. Comecei o tratamento com alendronato, cálcio e vitamina D, tudo pelo SUS. Também participo do grupo de atividade física da UBS duas vezes por semana. Já faz três anos que estou em tratamento e não tive mais fraturas."

José Santos, 72 anos, de Recife (PE), conta sua experiência: "Depois que minha esposa teve uma fratura de quadril por causa da osteoporose, decidi fazer os exames preventivos. Descobri que também estava com osteopenia. O médico do SUS me orientou sobre alimentação, exercícios e me receitou suplementos de cálcio e vitamina D. Sigo o tratamento à risca e faço caminhadas todos os dias. Nas consultas de acompanhamento, os exames mostram que minha condição está estabilizada."

Ana Oliveira, 55 anos, de Porto Alegre (RS), compartilha: "Entrei na menopausa precocemente, aos 42 anos, e meu médico da UBS me alertou sobre o risco de osteoporose. Fiz a densitometria óssea pelo SUS e foi diagnosticada osteopenia. Comecei o tratamento preventivo imediatamente. Hoje, faço acompanhamento regular, tomo os medicamentos fornecidos pelo SUS e participo do grupo de pilates da Academia da Saúde. Minha qualidade de vida melhorou muito."

Perguntas Frequentes sobre Osteoporose e SUS

Quem tem direito a fazer o exame de densitometria óssea pelo SUS?

O SUS oferece o exame de densitometria óssea para pessoas com fatores de risco para osteoporose, como mulheres na pós-menopausa, pessoas acima de 60 anos, pacientes com histórico de fraturas por fragilidade, pessoas em uso prolongado de corticoides e pacientes com doenças que afetam o metabolismo ósseo. O encaminhamento deve ser feito por um médico da rede pública.

Quais medicamentos para osteoporose são fornecidos gratuitamente pelo SUS?

O SUS fornece gratuitamente diversos medicamentos para tratamento da osteoporose, incluindo: alendronato de sódio, risedronato de sódio, pamidronato dissódico, carbonato de cálcio, calcitriol, vitamina D (colecalciferol), raloxifeno, estrógenos conjugados, calcitonina e, mais recentemente, o denosumabe para casos específicos. A disponibilidade pode variar conforme o município e a indicação médica.

Como saber se tenho osteoporose sem fazer exames?

Não é possível confirmar o diagnóstico de osteoporose sem exames, pois a doença é silenciosa em seus estágios iniciais. No entanto, alguns sinais podem indicar a necessidade de investigação: diminuição de estatura, postura encurvada, dores nas costas sem causa aparente e fraturas que ocorrem com traumas mínimos. Se você apresenta esses sintomas ou tem fatores de risco, procure uma Unidade Básica de Saúde para avaliação médica.

A osteoporose tem cura?

A osteoporose não tem cura definitiva, mas possui tratamento eficaz que pode controlar a progressão da doença, reduzir o risco de fraturas e melhorar a qualidade de vida. O tratamento envolve medicamentos, suplementação de cálcio e vitamina D, exercícios físicos regulares, alimentação adequada e mudanças no estilo de vida. Com acompanhamento médico adequado, é possível viver bem mesmo com o diagnóstico de osteoporose.

Quais exercícios são recomendados para quem tem osteoporose?

Para pessoas com osteoporose, são recomendados exercícios de fortalecimento muscular, exercícios com carga (como caminhada), exercícios de equilíbrio e postura. Atividades como natação e hidroginástica também são benéficas por serem de baixo impacto. É importante que os exercícios sejam orientados por profissionais qualificados, como fisioterapeutas ou educadores físicos, para evitar movimentos que possam aumentar o risco de fraturas. O SUS oferece grupos de atividade física em muitas Unidades Básicas de Saúde.

Conclusão

A osteoporose é uma doença que afeta milhões de brasileiros, mas com prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível reduzir significativamente o risco de fraturas e manter uma boa qualidade de vida. O SUS oferece uma estrutura completa para o cuidado da saúde óssea, desde a avaliação de risco e diagnóstico com a densitometria óssea até o tratamento com medicamentos gratuitos e acompanhamento multidisciplinar.

Se você tem fatores de risco para osteoporose, não espere o aparecimento de sintomas ou a ocorrência de fraturas. Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima e converse com um profissional de saúde sobre prevenção e diagnóstico precoce. Lembre-se: cuidar da saúde dos seus ossos hoje é investir na sua qualidade de vida no futuro.

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